sexta-feira, 1 de abril de 2011

A dificuldade de se prever o futuro

Muitas pessoas me perguntam como o mundo e a humanidade estarão no ano de 2050. Eu, particularmente, acho muito difícil fazer previsões sobre o futuro com base no presente. Exemplos de pessoas geniais que conseguiram antecipar as tendências do futuro com certa precisão são o renascentista italiano Leonardo da Vinci, que rascunhou muitos projetos de caráter futurístico, e o escritor francês Júlio Verne, que em seus romances mais famosos, como Vinte mil léguas submarinas e Viagem ao centro da Terra, escritos em meados do século XIX, antecipou inventos que seriam viabilizados no século XX, como o submarino.

Mas, igualmente, há exemplos de previsões que não se concretizaram. Por exemplo, o brilhante economista inglês Thomas Malthus, no início do século XIX, escreveu que o crescimento da população humana ocorria em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética (e ele estava certo na época); assim sendo, ele previu que, no ano de 1850, haveria muita fome no mundo. Ocorre que, justamente por volta de 1850, agricultores alemães perceberam que a aplicação de sais de potássio no solo aumentava muito a produção de alimentos pelas plantas. Estavam descobertos os fertilizantes químicos, os quais, juntamente com os primeiros pesticidas introduzidos cerca de 30 anos mais tarde, criaram uma grande revolução na agricultura, na qual a produção de alimentos pôde acompanhar o crescimento da população. Além disso, avanços tecnológicos permitiram transformar grandes áreas outrora desabitadas em áreas agrícolas, como as planícies centrais do Estados Unidos da América e do sudoeste da Rússia e, mais modernamente, o Cerrado Brasileiro.

Ao tentar prever o que ocorrerá no mundo em meados do século atual, poderemos acertar como Júlio Verne ou errar como Thomas Malthus. Como sou freqüentemente questionado por muitas pessoas, darei a minha opinião pessoal. Se não nos autodestruirmos até lá numa 3ª grande guerra (o que eu acho pouco provável), penso que a população mundial atingirá um ponto de estabilidade em meados do século XXI, e avanços na engenharia genética causarão outra revolução agrícola, impedindo que os cerca de 8 bilhões de terráqueos passem fome, pelo menos em larga escala.

Já que não tenho certeza de nada, prefiro ser otimista, porque se formos pessimistas demais nós não nos casaremos, não teremos filhos e acabaremos amargos e sofrendo sem necessidade. Creio que os métodos de tratamento e prevenção de doenças estarão muito mais avançados, e que a expectativa de vida média da população dos países mais desenvolvidos se situará entre os 100 e os 120 anos.

Penso que, com o avanço da genética, logo será possível detectar precocemente as doenças examinando-se uma única gota de sangue, fluido corporal que é uma boa base de amostra porque todas as células de todos os tecidos do corpo acabam caindo na corrente sanguínea.

Eu também não acredito no aquecimento global, pois cientistas de renome (cujas idéias não são muito divulgadas pela mídia) dizem que o aquecimento global terminou em 1998, e as temperaturas médias do planeta vêm caindo lenta e progressivamente desde o citado ano. Muitos de nós já percebemos que os invernos na Europa, na China e nos EUA estão mais frios a cada ano. Pois é, acho que em 2050 estaremos saindo da mini era glacial na qual estamos entrando agora. E, no mais, tratarei de viver no presente com intensidade, pois, como diziam nossas avós, “o futuro a Deus pertence”.

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