segunda-feira, 30 de maio de 2011

Enquanto o sol não acorda

(Portal do Meio Ambiente)

Cientistas ingleses estão pasmos com o que têm visto sobre a superfície do sol. Aliás, com o que não estão observando. Eles esperavam que períodos de inatividade poderiam durar poucos anos, mas parecem desenganados. Os famosos ventos solares, por exemplo, têm sido os mais fracos desde que seu monitoramento começou. Este fato pode alterar todas as previsões já feitas sobre o aquecimento global. Para ler a matéria completa (curtinha), clique aqui.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Serra do Mar no Rio de Janeiro

O relevo no Rio de Janeiro já foi muito interpretado como sendo originado pela erosão característica de climas glaciais. Tal visão se deve ao naturalista francês Louis de Agassiz que veio ao Brasil à convite de Dom Pedro II. Agassiz interpretou a baia de Guanabara e as formas pontiagudas de alguns picos da Serra dos Órgãos como sendo resultantes da erosão causada pelo movimento de geleiras.

Atualmente sabe-se que tal interpretação é completamente errada, já que a última vez que houve glaciação no Hemisfério Sul com geleiras no Rio de Janeiro foi durante o período Permiano, mais de 250 milhões de anos atrás, sendo que todas as feições de relevo deste período já foram destruídos pela erosão.

O Gráben da Guanabara formou-se no início do Terciário, concomitante com o soerguimento da Serra do Mar, a qual localmente recebe denominações como “Serra das Araras”, “Serra dos Órgãos”, etc. O recuo erosivo da escarpa da Serra do Mar, desde então, fez que esta se desfizesse em morros isolados mais resistentes que vieram a constituir os maciços litorâneos, a Serra da Carioca e mais afastados a Ilha Grande e Sepetiba, além de outros morros costeiros.

Durante as glaciações do Pleistoceno, o litoral recuou centenas de metros e pelo Gráben da Guanabara formou-se um sistema de drenagem que escoava por um rio onde hoje fica a baía homônima. Com o avanço do nível do mar ao fim da glaciação, as águas do mar invadiram o continente e erodiram a foz desde antigo rio, formando a baía da Guanabara no seu formato atual. Foram igualmente inundadas as baías de Sepetiba e Ilha Grande, vizinhas às escarpas da Serra do Mar, assim como o canal de São Sebastião.

A Serra dos Orgãos, assim como o Maciço da Tijuca, é constituída de blocos falhados, denominados horsts (blocos elevados por ação de movimentos tectônicos). Estes maciços são constituídos de rochas cristalinas denominadas granitos e gnaisses, sendo estes últimos oriundos do intenso metamorfismo dos granitos e de rochas sedimentares siliciclásticas. Estes maciços sofreram denudação durante as épocas de maior aridez no final do Neógeno e por isso evoluíram muitos inselbergs, que são elevações isoladas, tais como o Pão de Açúcar, o Corcovado, o Morro dos Cabritos, etc.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O que é um vulcão

Um vulcão nada mais é do que um ponto de extravasamento, na superfície da terra ou no fundo do mar, do magma (rocha fundida e aquecida) proveniente do Manto Terrestre, porção do planeta que se situa ente 5 e 70 km de profundidade (considerando-se a isoterma de 1330º C).

Quando uma fratura ou falha fica ativa na Crosta Terrestre (a porção da Terra sólida e delgada onde vivemos), o magma sobe por essas zonas de fraqueza e extravasa na superfície, formando uma montanha à qual denominamos vulcão.

Quanto ao tempo que demora uma erupção vulcânica, este é muito variável, pois depende das condições geológicas específicas de cada vulcão. Há vulcões, como o Vesúvio, na Itália, que demoram séculos para entrar em erupção, ao passo que outros, como o Etna, também na Itália, tem estado em erupção contínua, ora mais forte, ora mais fraca, nos últimos 2 mil anos. Existem também os vulcões extintos, havendo um belo exemplar no Município de Nova Iguaçu -RJ, cuja última erupção foi há cerca de 65 milhões de anos atrás.

As atividades vulcânicas e tectônicas são ocasionadas pela dinâmica interna de nosso planeta. A delgada camada externa onde vivemos, denominada crosta terrestre, é subdividida em uma dúzia de compartimentos denominados placas tectônicas, as quais flutuam sobre as rochas aquecidas e fluidas do manto terrestre, que se movem lentamente formando correntes de convecção. É esse movimento de convecção que forma as atividades vulcânicas e tectônicas.

Em alguns dos limites de placas, uma delas mergulha sob a outra, num fenômeno denominado "subducção" . Na subducção, há um enrugamento da crosta terrestre, que produz cadeias montanhosas na placa que fica por cima, e muitas dessas altas montanhas são formadas por vulcões. Os vulcões se formam porque uma placa, ao mergulhar sob a outra, leva água do mar e sedimentos marinhos para as profundezas do manto, onde esses materiais baixam o ponto de fusão das rochas, que então se fundem, originando o magma (rocha quente e fundida). Este ascende por falhas e fraturas profundas até chegar à superfície da terra, onde extravasa sob a forma de lavas e formam montanhas denominadas vulcões. É por isso que os vulcões são abundantes no chamado "círculo de fogo" que circunda todo o Oceano Pacífico: nas bordas desse oceano, há subducçao de placas. A própria Cordilheira dos Andes, cujas montanhas mais altas são vulcões, foi formada pela subducção da Placa de Nazca sob a Placa Sul-Americana.

Em suma, na Terra há desde vulcões que só tiveram uma única erupção a vulcões que ficam ativos, intermitentemente, por milhões de anos, e o que condiciona essa característica é a frequência com que a câmara magmática (reservatório subterrâneo de magma) é alimentada com material novo proveniente das profundezas aquecidas de nosso planeta.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Influência da água na regulação das temperaturas

A água possui um elevado calor específico e é má condutora de calor. Por esses motivos, ela demora mais que a terra para se aquecer durante o dia e para se resfriar durante a noite. Isso faz com que os climas marítimos sejam mais amenos do que os climas continentais, porque, durante o dia, enquanto a terra esquenta rapidamente, sua temperatura é amenizada pela brisa marítima, sendo que o contrário acontece à noite, ocasião em que os ventos sopram da terra para o mar e não permitem que a terra resfrie muito rápido. Nesses casos, a amplitude térmica (diferença entre as temperaturas máximas) é menor nos climas marítimos do que nos climas continentais.

A água dos oceanos transporta calor dos trópicos para as regiões frias, como é o caso da famosa Corrente do Golfo, que parte do Caribe em direção ao Norte da Europa, tornando o clima de países como a França, a Holanda, Inglaterra, Suécia e Noruega mais ameno que os locais de mesma latitude na Rússia Européia, onde a continentalidade produz um clima muito mais frio. Um bom exemplo é Figueira da Foz, na Costa Portuguesa, banhada pela corrente do golfo, se comparada com New York. Ambas estão a 40º de latitude norte, mas em Figueira da Foz quase nunca neva, ao passo que é relativamente comum nevar em NY.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A probabilidade de ocorrência de um tsunami no Brasil

Teoricamente, é possível que uma erupção do instável vulcão Cumbre Vieja em La Palma (uma das Ilhas Canárias) possa causar um imenso deslizamento de terra para dentro do mar. Nesse potencial deslizamento de terra, a metade oeste da ilha (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas) desabaria catastroficamente dentro do oceano. Esse megadeslizamento de terras causaria uma megatsunami de cem metros que devastaria a costa da África noroeste, com uma onda de trinta a cinqüenta metros, a qual alcançaria a costa leste da América do Norte muitas horas depois, causando devastação costeira em massa e a provável morte de milhões de pessoas. Especula-se também acerca da possibilidade de tal cataclisma atingir a costa norte e nordeste brasileira, fato que desperta a preocupação de algumas autoridades, tendo em vista a inexistência de qualquer estrutura de prevenção de tsunamis no Brasil.

Segundo Bill McGuire, diretor do Centro de Pesquisa de Riscos Benfield Grieg, da University College of London, existe a possibilidade de essas ondas gigantes atingirem a região Norte e Nordeste do Brasil.

Este cientista têm previsões catastróficas para o Brasil. McGuire especula que o bloco vai cair e gerar tsunamis que vão atravessar os oceanos até 19 horas depois da erupção, ondas de 4 a 18 metros iriam atingir a costa Norte e Nordeste do Brasil, do Pará à Paraíba. A ilha de Fernando de Noronha seria um dos locais onde a tsunami chegará com mais força no Atlântico Sul.

Segundo Mc Guirre, essa seria a provável sequência dos acontecimentos:

- uma erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha La Palma, Arquipélago das Canárias, jogaria no mar um volume de terra com 500 km3. A queda provocaria a formação de ondas gigantes;

- o intervalo entre uma onda e outra seria de apenas 10 minutos. Logo que começassem a se formar, cada uma delas teria 120 quilômetros de comprimento;

- em apenas 1 hora, as ondas chegariam a uma velocidade de 720 km/h e atingiriam a costa do Marrocos com elevações de 100 metros;

- enquanto viajam pelo mar aberto, como acontece com todos os tsunamis, as ondas perdem velocidade e ficam menores em comprimento. Já a altura cresce à medida que elas se aproximam da costa;

- as ondas seriam fatais para cidades baixas, como a cidade de Belém do Pará. "A parte mais alta de Belém tem só 30 metros de altura. O famoso Mercado Ver-O-Peso, por exemplo, ficaria encoberto por água", diz José Geraldo Alves, do Centro de Geociências da Universidade Federal do Pará;

- em Jericoaquara, Ceará, as ondas arrastariam estruturas sem raízes fixas, como bancos de areia. Uma energia tão grande quanto a de um tsunami faria em minutos o trabalho de anos do vento e é bem possível que as dunas fossem varridas do mapa;

- a vida marinha no arquipélago de Fernando de Noronha, seria muito afetada. O impacto da água poderia destruir os corais e, com isso, modificar todo o ecossistema. Dezenas de espécies de animais poderiam morrer. Entre eles, muitos golfinhos, símbolos do local.

O Brasil não será a única vítima das ondas gigantes nas Américas. O tsunami também pode levar à destruição das ilhas caribenhas e de alguns estados americanos, como a Geórgia e a Flórida, que serão atingidos cerca de nove horas após o início do tsunami

As ondas que atingiriam os litorais Norte e o Nordeste teriam 20 metros de altura e 6 quilômetros de comprimento. Elas levarão tudo o que estiver perto da costa. Em locais onde a topografia é baixa, poderão alcançar até 10 quilômetros território adentro.


Finalizando, a probabilidade de ocorrência de um tsunami dessas proporções existe, mas é pequena. O fato é que, uma vez ocorrido o megadeslizamento de terra dentro do mar, nas Ilhas Canárias, a população do litoral das regiões Norte e Nordeste teria menos de 20 horas para ser avisada e transportada para locais mais altos.


Fonte: http://mais.uol.com.br/

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A importância do Sol para a Terra

Talvez a influência mais importante do Sol em relação à Terra seja garantir a esta a sua posição relativamente estável no espaço. Sem a força da gravidade do Sol para atraí-la para sua órbita, a Terra seria um planeta errante no espaço, e provavelmente logo colidiria com algum outro corpo celeste. Ou seja, em todos os sentidos a Terra deve ao Sol a sua existência.

O Sol é a principal fonte de energia primária para a Terra: mesmo a energia elétrica produzida por uma usina hidrelétrica tem a sua origem no Sol. Explicando melhor: a energia radiante do Sol provoca a evaporação das águas, que se condensam nas partes mais altas da Troposfera e originam as nuvens e depois a chuva. Parte da água da chuva que infiltra na Terra passa a correr pela superfície da mesma através de rios, até ser capturada por uma represa, onde a energia eletromagnética do sol, que já havia sido transformada em energia mecânica (cinética), transforma-se em energia potencial. Na saída do reservatório, a energia potencial das águas transforma-se novamente em energia cinética, e as águas movem as turbinas onde a energia cinética da água em movimento se transforma em energia elétrica.

Analogamente, a energia que move a esmagadora maioria dos seres vivos é oriunda da fotossíntese, reação química na qual a energia eletromagnética do sol se transforma em energia química nas plantas, as quais, uma vez ingeridas pelos animais, fornecem a eles o alimento que proverá de energia todos os processos fisiológicos de seus organismos, desde a energia mecânica dos músculos à energia neuroquímica do sistema nervoso. Em síntese: nós, seres humanos, somos movidos à energia solar!

terça-feira, 10 de maio de 2011

O tratamento medicamentoso da depressão

Vinte e quatro anos depois do lançamento, em 1987, do Prozac (fluoxetina), antidepressivo revolucionário para a época que virou febre nos anos 90, sabe-se que os antidepressivos evoluíram muito, mas não ainda exatamente como funcionam. Quando o Prozac chegou ao mercado havia os chamados antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), que eram eficazes, mas apresentavam efeitos colaterais muito fortes, como diminuição de libido, ganho de peso, constipação intestinal e outros. Denominado pela mídia da época de “pílula da felicidade”, a fluoxetina revolucionou ao agir pontualmente em um neurotransmissor cerebral, a serotonina, e ao reduzir esses efeitos colaterais dos IMAOs.

Depois da fluoxetina, surgiram os antidepressivos atípicos, que atuam na serotonina e na noradrenalina ou em outros neurotransmissores envolvidos na sensação de bem-estar. Mas não é apenas a disponibilidade dessas substâncias no cérebro que combate a depressão. Esta é a primeira alteração bioquímica provocada por um antidepressivo. Há outros efeitos que só surgem após duas semanas. O organismo precisa de um tempo para se adaptar. Nesse período, ocorre uma série de processos que ainda não se sabe exatamente quais são. Só quando isso for totalmente desvendado é que se terá um remédio de fato eficaz e que funcione para todos os pacientes deprimidos.

Levantamentos mostram que 70% dos pacientes com depressão respondem bem ao primeiro medicamento prescrito. Nesses casos, após duas ou três semanas, os efeitos positivos do medicamento se fazem sentir. Os outros 30% precisam testar outras combinações medicamentosas até encontrarem a mais adequada. Entretanto, em alguns poucos casos, essa combinação nunca é encontrada. Mas, enquanto alguns poucos pacientes não reagem ao tratamento, outros não só se vêem livres dos sintomas da depressão como passam a se sentir ainda melhores do que antes do início da doença.
Um fato importante é o de que, depois de iniciado o tratamento, o paciente de depressão precisa ir até o fim. Mas abandonar o tratamento é um erro cometido por muita gente. Um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que 70% dos pacientes pararam de tomar os antidepressivos antes do tempo estipulado por seus psiquiatras. A decisão é especialmente grave porque aumenta o risco de futuras crises. Muitos desistem do tratamento ao perceber que não estão melhorando como esperavam. Isso acontece em alguns casos, justamente porque nem sempre o primeiro medicamento receitado surte efeito. O doente de depressão precisa ser “paciente” no sentido literal da palavra.

Um dos fatores que mais contribuem para o abandono precoce dos antidepressivos são efeitos colaterais como o ganho de peso Estima-se que entre 70% a 80% dos remédios psiquiátricos engordam. De um modo geral, os efeitos colaterais de um antidepressivo diminuem com o tempo de uso, mas o ganho de peso costuma persistir e muitos pacientes desistem em favor da boa forma. Não só por isso, mas também por conta da grande preocupação com a obesidade, mal que atinge 11% dos brasileiros adultos, combater esse efeito é um dos maiores desafios atuais do tratamento medicamentoso da depressão.

Por último, mas não menos importante, o conteúdo desta postagem tem finalidade unicamente informativa, como é o caso de todas as demais postagens de saúde do site Ciências e Poemas. Persistindo dúvidas ou havendo a necessidade de informações complementares, o profissional médico deverá ser consultado.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A semente do medo

Prezados leitores, tomo a liberdade de reproduzir aqui uma análise profunda e bela de Mauro Santayana sobre a morte de Bin Laden, publicada no Jornal do Brasil do dia 4 de maio último. Sem tintas partidária, o ecritor tece uma narrativa contundente, que se segue abaixo:

"A semente do medo"
Mauro Santayana

"Os americanos comemoram nas ruas a morte de Bin Laden, enquanto nos países muçulmanos outros oram pelo homem que consideram mártir. Como parte da Humanidade, talvez não nos conviesse a euforia pela execução sumária de Bin Laden, nem a consternação por sua morte. Os Estados Unidos celebram a morte de Bin Laden, e um ex-embaixador brasileiro considerou-a “espetacular”. É melhor ver a morte de qualquer homem, bom ou mau, como a morte de parte de nós mesmos. Como no belo poema em prosa de Donne, “any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee”. A morte de qualquer homem me diminui, disse o poeta, porque sou parte da Humanidade, e, por isso, não pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por você. Todos nós morremos um pouco, quando as Torres Gêmeas vieram abaixo, e todos nós morremos quase diariamente com os que tombam e tombaram, na Palestina, no Iraque, no Afeganistão, na Costa do Marfim, no Realengo, em Eldorado dos Carajás, na Candelária e nas favelas brasileiras".

Para a leitura completa do artigo, clicar aqui.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Veríssimo: Salvem as mulheres!

O escritor Luís Fernando Veríssimo, como sempre, nos brinda com um texto inteligente, no qual ele alia a seu senso de humor peculiar o seu profundo conhecimento da natureza humana. No texto a seguir, intitulado "Salvem as mulheres!", ele dá conselhos para que nós, homens, saibamos apreciar as grandes mulheres e, caso estejamos nos relacionando com uma delas, não a percamos devido ao nosso machismo excessivo. Para ter acesso à integra do texto de Veríssimo, o leitor pode clicar aqui.
Um abraço a todos e boa leitura,
Sérgio Oreiro

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

O diagnóstico e o tratamento do TOC – Transtorno obsessivo-compulsivo - devem ser feitos por psiquiatra ou psicólogo devidamente capacitado. Esse transtorno está classificado entre os transtornos de ansiedade e tem causa genéticas bem definidas, consistindo no desequilíbrio no funcionamento dos neurotransmissores cerebrais, como a serotonina.

O TOC funciona mais ou menos da seguinte forma: a pessoa tem um pensamento obsessivo, que invade a sua mente e a perturba; a fim de lidar com esse pensamento, a pessoa começa a desenvolver rituais, e acaba se sentindo mal se é impedida de repetir esses rituais; é por esse motivo que ele é classificado como um transtorno de ansiedade: se a pessoa for impedida de realizar seus rituais, ela manifestará vários sintomas desse transtorno.

O TOC se manifesta com vários níveis de gravidade, podendo se tornar incapacitante quando uma pessoa, por exemplo, não consegue chegar a seu trabalho ou colégio porque tem de voltar para casa "n" vezes a fim de verificar se realmente trancou a porta ao sair.

O tratamento para o TOC consiste em psicoterapia combinada ou não com medicamentos, podendo a psicoterapia ser aplicada por um psicólogo e o tratamento medicamentoso por um psiquiatra, ou ambos por um psiquiatra. O tipo de psicoterapia utilizada é a Terapia Cognitivo-Comportamental, e os medicamentos de escolha são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como a Fluoxetina, a Paroxina, a Sertralina, a Luvoxamina, entre outros.

Por último, mas não menos importante, devo mencionar que as informações acima têm caráter meramente informativo e não substituem o diagnóstico e o tratamento do TOC, prescritos por psicólogos e psiquiatras, profissionais que devem ser consultados sempre que haja a suspeita de TOC.

Leitura de referância: http://www.psicosite.com.br/tra/ans/obsesscompul.htm

terça-feira, 3 de maio de 2011

A Geologia Médica

A Geologia Médica é uma disciplina relativamente recente, que estuda a influência de fatores geológicos ambientais sobre a saúde humana e dos animais. Como exemplos, pode-se citar a exposição excessiva ou a deficiência de elementos químicos e minerais; a inalação de poeiras e partículas rochosas provenientes de erupções vulcânicas; o transporte, as modificações e a concentração de compostos orgânicos; a exposição a micróbios, entre outras complicações na saúde relacionadas às condições geológicas.

Por exemplo, os minérios de zinco normalmente contém um pouco de cádmio, metal altamente tóxico que causa lesões irreversíveis no sistema nervoso doa animais e do homem; já as jazidas de minério de ferro podem contaminar o meio ambiente com resíduos de ferro, fósforo e enxofre. O chumbo causa o saturnismo, doença que afeta o sistema nervoso, o que ocorre também com o mercúrio e o arsênico. Muito do ouro produzido no mundo provém de minérios arsenicais, cujos resíduos, se não forem convenientemente tratados, podem causar a morte dos seres vivos que com eles tenham contato. Da mesma forma,a exposição excessiva ao manganês e seus compostos causa o desenvolvimento do Mal de Parkinson.

Hipócrates já descrevia a intoxicação em trabalhadores das minas de chumbo, por volta de 375 A.C. Georgius Agrícola, pseudônimo do alemão Georg Bauer (que viveu entre 1494-1555), no último capítulo do seu livro "De Re Metallica", descreveu algumas doenças entre mineiros, no século XVI. Este livro, ricamente ilustrado, trata de assuntos mineralógicos e problemas relativos à exploração e produção mineral. O fato de Agricola ser oriundo da Saxônia e de ter vivido grande parte da sua vida nessa região, certamente influenciou sua opção profissional. A Saxônia era uma região rica em minérios, que a tornou um local privilegiado para o desenvolvimento da mineralogia como ciência. Apesar dessa ligação, como já foi dito, a denominação de Geologia Médica foi criada recentemente. Até alguns anos, essa especialidade era denominada Geomedicina.

Leitura de referência: http://www.ige.unicamp.br/geomed/geologia_medica.php

Mistério do triângulo das bermudas solucionado?

Existe uma hipótese que relaciona o desaparecimento súbito de barcos e aeronaves no chamado “Triângulo das Bermudas” ao estouro de grandes bolhas de gás metano, o qual é originado pela decomposição de matéria orgânica por bactérias presentes nos sedimentos que ficam logo abaixo do leito submarino. Esse metano fica preso, em estado sólido, dentro de moléculas de água, originando depósitos de hidratos de metano. Qualquer escorregamento do fundo submarino ou sua erosão por fortes correntes de fundo pode romper o frágil equilíbrio da mistura de hidratos de gás-sedimentos inconsolidados, e, quando isso ocorre, enormes quantidades de metano podem ser liberados sob a forma de bolhas gasosas na água do mar, as quais podem causar o rápido naufrágio de barcos e seu "estouro" na superfície do mar pode provocar uma onda de choque que pode desestabilizar aeronaves, causando a sua queda.

Em 2010, os cientistas australianos Joseph Monaghan e David May chegaram à conclusão de que esses desaparecimentos no Triângulo das Bermudas são provocados por grandes bolhas de gás metano originadas do solo oceânico, fenômeno muito comum nessa área. Segundo esses pesquisadores, que publicaram seu trabalho no American Journal of Physics, o gás atinge a superfície oceânica e se dissolve na água, reduzindo a flutuação e provocando o naufrágio de navios.

Contudo, essas teses apresentadas são contestadas por parte da comunidade científica. Sendo assim, há a necessidade do desenvolvimento de mais pesquisas para solucionar esse enigma, que vem intrigando a população mundial há muitas décadas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Por que o céu é azul

A cor azul do céu visível é o resultado da interação da luz branca do sol com a atmosfera terrestre. No espaço aberto, os astronautas enxergam um céu escuro, porque lá não existe a atmosfera.

A luz branca do Sol é a soma de ondas eletromagnéticas de vários comprimentos de onda e cada um deles é interpretado pelo nosso cérebro como uma cor diferente. O material particulado disperso no ar espalha a luz solar e este espalhamento é mais intenso para as ondas eletromagnéticas de comprimentos de onda menores. Assim, a luz azul, por possuir o menor comprimento de onda entre todas as cores, é o que mais se espalha. Aliás, vale lembrar que o Sol nos parece amarelo exatamente porque a atmosfera espalha a luz azul. O amarelo nada mais é do que a luz branca subtraída do comprimento de onda referente à luz azul. A luz branca do Sol, perdendo parte do seu azul ao atravessar a atmosfera, chega até nós com o aspecto amarelado.

Quando as dimensões das partículas de poeira ou fumaça dispersas na atmosfera são menores que os comprimentos de onda das cores, passam a ocorrer espalhamentos seletivos; somente determinada cor é espalhada e o céu muda de cor. No pôr-do-sol, observa-se um céu mais avermelhado porque, estando o sol no horizonte, a sua luz tem que percorrer uma distância maior no interior da atmosfera para chegar até nós; nesse caminho, ela perde mais luz azul, permitindo que as cores mais próximas do vermelho se sobressaiam, dando o tom tão procurado por todos aqueles que apreciam um belo pôr-do-sol.